quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ronaldo e a fábrica de ilusões

ronaldo anunciou que se aposenta, pedindo para os brasileiros chorarem junto e se sentirem muito culpados por tê-lo chamado de gordo. e todos no circo, ou melhor, na coletiva aplaudiram enquanto enxugavam as lágrimas.

várias heresias e alguns paradoxos em poucos minutos: o ex-jogador mentiu com cara de inocente que ainda jogava, que a culpa era da tireoide, que existe doping pra isso e, claro, ele não gosta de estar entre homens. ou travestis.

por favor, brasil, eu também senti a aposentadoria da lenda.
não sei porque mas naquela copa de 2002 (a última que acompanhei), quando ainda estávamos entre os melhores do mundo, eu estava convicto de que levaríamos. de lá pra cá, nunca mais tivemos craques confiáveis.

mas a lenda morreu ali. este que se aposentou segunda-feira não foi um craque mundial, admirado por todos, foi um jogador já sem brilho de um clube. assim como washington, semanas antes. o craque admirado por todos se aposentou há muito tempo.

depois de perder a copa de 98, ronaldo foi fundamental em 2002, aproveitando muio bem seu carisma e a genialidade do craque de fato daquele evento: o grande rivaldo - este sim, ainda em atividade.

aposto que as viúvas de ronaldo vão levar neymar no colo. e nem verão paulo ganso fazendo genialidades à sombra.

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antes de tudo: porque existir.

se existe uma maioria burra, como dizia Nelson Rodrigues, há também uma boa parcela de brasileiros que não se enquadram aí. a minoria, of course, pensando exatamente
≠.

lembra quando ouvíamos "nunca antes neste país" e batia na hora aquela vontade de entrar no site decolar.com? pois é. se soa familiar, you're welcome.